Vivenciando a prática docente
Quando cheguei ao PROEF II não tinha experiência em dar aulas, é um projeto em que há cooperação mútua: Formação de professores e também formação de jovens e adultos. Inicialmente a proposta era lecionarmos em dupla para os iniciantes.
Quando cheguei ao PROEF II não tinha experiência em dar aulas, é um projeto em que há cooperação mútua: Formação de professores e também formação de jovens e adultos. Inicialmente a proposta era lecionarmos em dupla para os iniciantes.
Também comecei a
dar aulas na primeira semana. Não houve uma preparação prévia para os
professores-monitores. Confesso que minha primeira aula foi boa por termos utilizado
elementos lúdicos, e por ser uma apresentação apenas. Depois nós aprofundamos o
conteúdo dado em sala de aula.
Com o tempo eu e
minha dupla percebemos que não tínhamos maturidade para tal, muitas vezes
fugíamos um pouco do planejado, falávamos as duas juntas sem querer! Passávamos
do tempo da aula... então decidimos cada uma ser responsável por uma turma de
iniciantes. As turmas têm o perfil diferentes: a 81 tem média de idade um pouco
mais alta, é muito solidária e participativa; já a 80 é mais jovem, é um pouco
mais independente e menos participativa. Percebemos que o perfil das turmas
influenciava muito nas nossas formas de dar aulas. Planejávamos as aulas de uma
forma e sempre terminava de forma diferente nas duas turmas.
Ministrar aulas
está sendo uma surpresa para mim, não imaginava que seria tão desafiador.
Sempre pensava em como os alunos me veriam, se conseguiriam perceber que eu
estava um pouco insegura, ou se achariam as aulas boas, se estariam
interessados ou não, etc.
Por ter como público
jovens e adultos, geralmente de classes menos abastadas da população, também
sempre tinha a preocupação com meu corpo, como era visto, o que representava, sempre
imaginava questões relacionadas a sensualização da professora que algumas
pessoas têm em seu imaginário, pensava que não queria passar essa imagem,
intencionalmente ou mesmo desapercebidamente. Mas depois me tranquilizei e
percebi que esta é uma condição muito pessoal do aluno e que eu não teria como
intervir e que a mim cabia apenas me portar com respeito dentro de sala para
não passar por situações constrangedoras. Percebi que tinha medo de passar por
situações de machismo, mas que também tinha pré-conceito com um certo tipo de
público com o que eu estava lecionando: homem trabalhadores. Ainda bem que tudo
ocorreu muito bem até os dias atuais.
Em seguida posto dois links para dois textos que falam sobre machismo em sala de aula. O primeiro fala de um ambiente em uma sala de aula de pré-vestibular. Já o outro conta uma história que ocorreu dentro de uma universidade.
Oh! Pressão Pré-Vestibular!
Sobre Assédio e discriminação na sala de aula
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