PRÁTICA PEDAGÓGICA IV - Minha experiência no Colégio Chromos - Ensino Médio


Neste semestre estou fazendo estágio novamente no Colégio Chromos, era uma escola particular chamada Rede Educar e foi comprada pela Rede Chromos. Estou acompanhando o uma turma do 3º ano do Ensino Médio. A turma é bem tranquila, não percebi de imediato que tenha algum problema maior, possui cerca de trinta alunos brancos (maior quantidade) e negros, bem dividida por gênero. As aulas do 3º ano do colégio e do Pré Enem são similares. Os alunos têm aula pela manhã e à tarde fazem provas no mesmo formato do ENEM, em sequência consultam o gabarito. Alguns alunos frequentam o Pré Enem à noite. O material utilizado é uma apostila como módulos separados por temáticas e elencados por cores (apostila azul, verde, roxa...) elaborada pelos professores do Pré Enem. No 3º ano os alunos não participam de atividades como trabalhos, projetos, campos/excursões, feiras. São treinados por meio de provas (2 por trimestre) para realizar o ENEM no fim do ano, além da apostila contendo o conteúdo e exercícios voltados para o exame.

Já havia ouvido falar do professor que acompanhei, pois sou monitora na rede de ensino no Chromos Pré Enem, alguns alunos me relatavam sobre suas aulas no preparatório, entretanto não o conhecia pessoalmente. É um professor jovem, sua idade não chega aos 35 anos. Tem um perfil um pouco empreendedor: faz parte de uma loja de venda de camisas temáticas e desenvolveu um aplicativo de celular voltado para aulas particulares. Aproveitava as aulas para divulgar suas empresas. Também tem um blog e uma página no Facebook a qual veicula seus textos e propagandas de suas empresas e empresas de seus colegas, como salas de aulas particulares de química, física etc., as conhecidas “salinhas” no meio Pré ENEM.

Em sala de aula utiliza vocabulário técnico e aprofundado relacionado ao conteúdo. Em contrapartida usa expressões e gírias que buscam dar um tom mais descontraído e talvez busque uma relação de amizade e confiança para com os alunos. Suas aulas são bem dinâmicas, ele sempre pergunta e responde as questões que acha mais pertinente, ás vezes algum aluno responde, mas não deixa muito tempo para o debate, acaba perguntando e ele mesmo responde, contextua o conteúdo com algumas curiosidades e cultura. Usa o quadro para escrever em forma de tópicos, para desenhar mapas e esquemas como, usa técnicas como setas diferentes, zoom e palavras-chave, aspectos positivos e negativos com sinais de + e – e canetas coloridas. O conteúdo que escreve no quadro é diferente ao da apostila, é uma complementação e uma síntese ao mesmo tempo. Os esquemas se parecem com esta imagem retirada de uma rede social de outro professor de preparatórios, porém são menos elaborados:




DIÁRIO DE CAMPO

A metodologia proposta neste semestre é o diário de campo/estágio. Assisti duas aulas por semana em uma turma e relato minhas impressões em seguida.


O diário de campo é um instrumento utilizado para sistematizar as informações ao longo do estágio. Se dá por meio de anotações e desenhos das impressões que o autor tem no ambiente pesquisado, neste caso, o ambiente da escola em que realizei a prática pedagógica. Podem ser utilizados como auxiliares outros recursos como fotos, áudios e vídeos. É importante ressaltar que o relato do estágio passa pelo “filtro do autor” ou seja, seus sentimentos, seu conhecimento, seu nível de detalhamento, assim como sua carga cultural, ideológica e pessoal serão impressas, moldam o relato da experiência.

Além disso, o cerne do diário de campo são suas reflexões através da escrita e observação. Ao final de cada dia, pude pensar em tudo que foi observado e ao ler meus textos, me lembrava de novos elementos, fazia críticas, pensava em novas maneiras de executar o que o professor desenvolveu ao longo do dia. E a cada vez que lia os textos para elaborar esta experiência me transportava novamente para o dia exato e para tudo o que vivi em sala de aula acompanhando a turma. O que posso dizer é que amadureci a cada dia, e mais ainda ao final de todos eles.

A cada aula eu escrevia tudo o que achava pertinente: o tema e conteúdo das aulas, o método, organização e recursos utilizados pelo professor, assim como sua relação com a turma, os materiais didáticos, as relações entre alunos e funcionários

Meu diário de campo da Prática Pedagógica IV

Abaixo cito um trecho de um artigo de Khaoule e Carvalho (2013) apud Zabalza (2004) - “Diários De Campo Como Possibilidade de Pesquisa na formação de professores” em que cita características da experiência de se produzir um caderno de campo:


Artigo completo:

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