Tive contato a primeira vez com uma sequência
didática na disciplina de Didática de Licenciatura, em 2015. No mesmo período
participava do projeto PROEF e elaboramos uma sequência didática para o 6º ano
do ensino fundamental. Foi um grande aprendizado. Quando li o texto do Orlando
já me sentia familiarizada com a estrutura de planejamento de aulas, no entanto
sempre haverá desafios com relação à turma, qual tema escolher, o que adaptar,
quais as práticas escolher.
Inicialmente elaborei uma sequência de
ensino, a qual eu pretendia desenvolver na turma do colégio, como requisito da
licenciatura, entretanto algumas coisas mudaram e como já esclareci, os
acontecimentos políticos me fizeram mudar de temática, de abordagem e estrutura
de aula. Os alunos estavam esgotados, e por mais que a sequência dialogasse com
a realidade deles e trouxesse novidades para além da aula expositiva, resolvi
deixar a centralidade da aula para os alunos. À este respeito Orlando diz que
pensar apenas em uma aula expositiva e perguntas como “O que vou dizer sobre o tema a meus alunos? Que informações irei
selecionar para minha aula? Quais exemplos irei apresentar a meus alunos? Que
exercícios de fixação irei propor?” é “...uma
perspectiva limitada, pois não considera o problema crucial de como criar
estratégias que favoreçam a interação dos alunos com os objetos de conhecimento
(tópicos do currículo) (p. 2)”.
O autor afirma que o planejamento de
ensino é um guia de ação, e que “o
planejamento de ensino nos leva a expor e justificar nossas práticas e, assim,
a compreender melhor o que fazemos (p. 3)”. Se é um guia, não significa que
necessariamente tudo ocorrerá da mesma forma que o planejado, alguns
imprevistos ocorrem, ou mesmo mudanças de direção dentro da sequência de
ensino: “os planos de ensino são
transformados e recriados ao longo de sua implementação” (p. 3).
Ao acompanhar o professor do ensino
fundamental no semestre passado vi que ele se guia muito pelo livro didático,
que eu achei muito interessante e completo. Neste semestre, o professor do
ensino médio não aplica materiais diferentes da apostila voltada para o ENEM,
ou seja, a todo momento o planejamento da aula em partes, já está pronto, só
cabe ao professor “transmitir” ou plicar o conteúdo.
Por meio do livro “Meio ambiente em cena” tive meu primeiro contato com uma sequência didática. Sinopse: O livro 'Meio ambiente em cena' propõe uma reflexão crítica sobre diferentes questões ambientais por meio de um diálogo com produções cinematográficas. Destinado a educadores, os textos aqui apresentados se dedicam a análises que são acompanhadas de proposições didáticas, complementando as reflexões teóricas de cada texto. Trata-se de uma proposta voltada para a formação continuada dos professores inseridos no Ensino Fundamental que, a partir deste material, poderão ampliar o leque de possibilidades na abordagem da problemática ambiental e contribuir para uma formação reflexiva dos estudantes com os quais têm contato
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