Esta
sala é bem falante e o professor tem dificuldade de iniciar a aula. Fala do
trabalho em grupo e da data de entrega da primeira parte que é uma ficha de
apoio para os alunos organizarem a estrutura do projeto. Sugere que eles se
encontrem e discutam, e então dá um prazo de duas semanas. O tema é “Cidadania Global” – subtema “Mineração”,
será desenvolvido juntamente com a disciplina de química. Inicialmente estão na
fase de pesquisa. que é similar à de uma pesquisa convencional. Ao final do ano
irão apresentar o conteúdo em uma feira da escola.
Estrutura
do trabalho entregue para cada grupo:
Percebo
que o professor é bem paciente com os alunos, que, fazem brincadeiras durante a
aula o que interrompe o professor várias vezes. Em seguida usa o livro didático
abordando a localização e características do continente Europeu. Duas alunas
sentadas à frente se comunicam por bilhetes. Um aluno lê o trecho do livro e o
professor explica sobre terras emersas e imersas, continentes, mares, divisores
naturais que dividem Ásia e Europa. Neste momento faz um desenho no quadro de
uma ilha, golfo/ baía e península, fala que a ilha é banhada por todos os
lados, o golfo é quando o mar invade a faixa do litoral, ou seja é uma porção
de agua rodeada por terra, a baía é o mesmo só que em menores proporções e a
península é banhada pelo mar em seus três lados, sendo ligada ao continente por
uma faixa fina de terra.
Alguns
alunos participam respondendo e questionando, outros tem dificuldades de
compreender os termos e a explicação do professor. Um aluno questiona os termos
“países baixos, imersos e emersos”, outro lê um trecho do livro que explica a
paisagem modificada da Europa, Revolução Industrial, impacto ambiental, relações
entre clima, vegetação e fauna da Europa. O professor faz uma brincadeira para explicar
o termo endemia e fala “O Gustavo só dá ali, se plantar em outro lugar não
nasce” e os alunos se divertem. Ele complementa e explicando zonas climáticas e
pede para pesquisarem mais sobre a relação entre clima e vegetação.
Hoje
a turma estava conversando muito, uma aluna grita pedindo silêncio, outros também
pediam silêncio. O professor pede que prestem atenção na explicação do
trabalho, porém quando ele falava um pouco logo eles reclamavam disso ou
daquilo do trabalho. Ele pede que cada grupo apresente para a turma o tema e
parte da estrutura que já desenvolveram, e suas dificuldades para que haja uma
interação entre a turma acerca do trabalho. Fala que o formato do trabalho é
muito cobrado no ensino superior. Os alunos apresentam seus trabalhos com os
temas:
“Diamante/Tráfico”
“Como
funciona a mineração”
“Impactos
ambientais causados pela mineração”
“Desastre
de Mariana”
“Reservas
de bauxita”
“Mineração
de Ouro”
Quase
um ano após o desastre de Mariana pouca coisa já foi resolvida, os culpados
ainda não punidos, o Rio Doce e adjacências continua impactado, a população
desamparada.
Vejam algumas decisões tomadas pela comissão da barragem de
Mariana composta por deputados federais que discute os desdobramentos do
desastre:
Outro vídeo
informando as decisões da Comissão Extraordinária das Barragens da Assembleia
de Minas Gerais:
O
professor pede que sejam mais específicos, os objetivos apresentados são muito
abrangentes, devem focar em apenas um assunto. Sugere aos alunos que olhem na
internet EIA- RIMA (Estudo/Relatório de impacto Ambiental) para que tenham
noção da extensão de conteúdo que o tema Mineração comporta. Explica o que são
materiais e metodologia, parte em que os alunos mais tiveram dificuldade de
desenvolver, pede para que pesquisem mais e tragam para a aula seguinte para
discutirem. Lembra que a prova será na semana seguinte compreendendo as
unidades 2 e 3 do livro.
Um
aluno apresenta seu trabalho de forma bem caricata, fazendo piadas a todo
momento, com o tema, com o sobrenome dos colegas, passando seus nomes para o
inglês e todos se divertem, porém se desviam um pouco do foco. Em sua abordagem
há frases/bordões presentes em Memes que
são divulgados em abundancia em redes sociais como Facebook e Twitter:
“- Não sou obrigado”
“- Percebe Ivair, a
petulância do trabalho?”
“- Porque eu sou Diva”
“- É aquele ditado né?
Vamo fazê o quê?”
Achei
que ao mesmo tempo que distraiu os alunos do foco do trabalho o aluno em
questão tem um grande potencial para interpretar personagens. Penso que a
atitude criativa dele é uma forma de se expressar, uma desenvoltura que deveria
ser desenvolvida nas artes cênicas. Acredito que cada criança/jovem deva ter
seu perfil observado nas escolas e explorar aquilo que tem de melhor.
Uma
boa ideia também seria aliar trabalhos escolares às redes sociais, os jovens
são muito ligados às tecnologias, então acredito que se divertiriam muito
realizando pesquisas e ao contrário de entregar um relatório elaborariam/
criariam perfis nas redes sociais, blogs, e outras formas alternativas de
trabalhos. Por experiência própria, pelo menos para mim a motivação e a
liberdade é maior neste formato, além de ser uma experiência viva, posso
excluir e acrescentar conteúdo a todo momento.
Agora
(momento diversão :D), para quem não entendeu nada ou não achou graça, eu explico
abaixo como surgiram os Memes:
“- Não sou obrigado”
“- Percebe Ivair, a
petulância do trabalho?”
“- Porque eu sou Diva”
“- É aquele ditado né?
Vamo fazê o quê?”
Deixo
com vocês este site que sigo e gosto muito, dou boas gargalhadas com os textos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário