A Arquitetura como programa. O espaço escola e o currículo - Augustín Escolano – 1995

O autor inicia o livro abordando a importância de se abordar os temas espaço, tempo escolar, e alfabetização ou processos de comunicação tecnologização da palavra. As questões espaço, tempo e linguagem, ou seja nossas vivencias e representações das mesmas constituem aspectos chave para compreendermos tanto em nível individual quanto interpessoal o social.  O autor fala sobre uma lacuna historiográfica sobre o tema espaço escolar.

O espaço- escola é um mediador cultural em relação a gênese e a formação dos primeiros esquemas cognitivos e motores, ou seja, um elemento significativo do currículo, uma fonte de experiência e aprendizagem. Os espaços educativos como lugares que abrigam a liturgia acadêmica estão dotados de significados e transmite uma importante quantidade de estímulos conteúdos e valores do chamado currículo oculto, ao mesmo tempo em que impõe suas leis como organizações disciplinares.

A espacialização disciplinar é parte integrante da arquitetura escolar e se observa na separação das salas de aulas, na disposição das carteiras, coisas que facilitam a rotina das tarefas e a economia de tempo. As escolas são então "continentes de poder". Deve-se atentar paras significações do espaço-escola e também para sua localização, sua disposição na trama urbana dos povoados e cidades, isso é um elemento curricular.

O autor cita o modelo de E. Faure (1972) de cidade-educativa a partir da definição de Plutarco que afirmava que o melhor instrutor é a cidade e não a escola, este modelo me faz lembrar dos projetos "Cidades educadoras e Bairros-escola desenvolvido pela Associação Cidade Escola Aprendiz:

Porém, contrapõe dizendo que a cidade moderna abandonou seu desenvolvimento real, deslocando escolas para as periferias marginais, longe dos núcleos de maior poder e influência sob o ilusório pretexto da visão higienista ecológica ou naturalista neorromântica, ou seja, que a infância deveria se educar próximo da natureza e longe da vida urbana.

A localização da escola é por si mesma uma variável decisiva no programa cultural e pedagógico comportado pelo espaço e pela arquitetura escolar, que é elemento cultural e pedagógico não só pelos condicionamento que suas estruturas induzem mas também pela simbolização que desempenha na vida social.

O edifício escola serviu de estrutura material para suporte de símbolos como o escudo pátrio, bandeira nacional, imagens e mensagens de homens ilustres. Os muros serviram para exibir imagens e inscrições de personalidades considerados exemplares. Símbolos religiosos e políticos também estão presentes nesta arquitetura escolar. E até mesmo, mais recentemente ideias ecológicas são veiculadas na arquitetura escolar. Outro símbolo presente em prédios é o relógio que pode ser entendido como um organizador da vida da comunidade e também da vida da infância. Significa a cronometria apreendida durante a infância e na comunidade, se constitui assim num símbolo cultural e mecanismo de controle social da duração.

A arquitetura escolar pode ser vista como um programa educador, ou seja, um elemento do currículo invisível ou silencioso, ainda que explicito ou manifesto. A localização da escola e suas relações com a ordem urbana das populações, o traçado arquitetônico do edifício, seus elementos simbólicos próprios ou incorporados e a decoração exterior e interior respondem a padrões culturais e pedagógicos que a criança internaliza e aprende.
Além disso, o espaço escoar está presente nas atividades de matemática, geografia, biologia e outras disciplinas do currículo em épocas distintas.

O autor demonstra, portanto que a arquitetura escolar é também, por si mesma, um programa, uma espécie de discurso que institui na sua material idade um sistema de valores, como os de ordem, disciplina e vigilância, marcos para uma aprendizagem sensorial e motora e toda uma semiologia que cobre diferentes símbolos estéticos, culturais e também ideológicos.

Dessa forma, o autor ressalta como toda linguagem arquitetônica expressa, além de uma ordem construtiva, um sistema de intenções, valores, um jogo de simbolismos que os autores relacionam a uma tradição cultural. O edifício-escola serve de estrutura material para colocar o escudo pátrio, os símbolos de religião, imagens e pensamentos de homens ilustres, normas morais e higiênicas e o relógio.


TEXTOS AUXILIARES: Cotidiano e práticas sócio-pedagógicas - Marli E. D. A. André (1992)


O espaço da escola é lugar onde ocorrem experiências riquíssimas e que devem ser investigadas e estudadas. A etnografia pode ser entendida como “o estudo descritivo das diversas etnias, de suas características antropológicas, sociais”, e neste sentido, esta pratica pode auxiliar no estudo do cotidiano na escola.

O interesse dos educadores pela Etnografia torna-se muito evidente no final dos anos 70 e tem como centro de preocupação o estudo da sala de aula e a avaliação curricular, porém era apenas calcado nas observações e registros em sala de aula chamados de “análises de interação. Tendo como fundamento os princípios da psicologia comportamental, eles serviram não somente para estudar as relações professor-aluno em sala de aula mas também para desenvolver habilidades de ensino ou medir a eficiência de programas de treinamento de docentes.

Segundo a autora, este método se mostra insuficiente para estudar todas as nuances do espaço escolar e sugere a abordagem antropológica. Para entender e descrever a cultura escolar o pesquisador faz uso da observação participante, que envolve registro de campo, entrevistas, análises de documentos, fotografias, gravações. Os dados são considerados sempre inacabados. O observador não pretende comprovar teorias nem fazer generalizações estatísticas.  Ele busca compreender e descrever a situação, revelar seus múltiplos significados, deixando que o leitor decida se as interpretações podem ou não ser generalizáveis, com base em sua sustentação teórica e sua plausibilidade

Muitos estudos e pesquisas produzidos na área de educação na década de 80 são classificados como “qualitativos" e/ ou etnográficos. O que se verifica, no entanto, é que a grande maioria envolve dados de campo, sistematizados em forma de descrições que acrescentam muito pouco ao que se sabe ou conhece ao nível do senso comum. É a empiria pela empiria. Há coleta de uma grande quantidade de dados e o autor espera encontrar algum significado nestes dados, espera que por si produzam alguma teoria.  Mas é evidente que sem um referencial de apoio que oriente o processo de reconstrução desses dados não há avanço teórico -  fica-se na constatação do óbvio, na mesmice, na reprodução do senso comum.

Essa confusão entre procedimento etnográfico e método de investigação acaba por limitar sobremaneira as contribuições dessas pesquisas em termos de geração de novos conhecimentos. Essa concepção limitada tem produzido trabalhos no cotidiano da escola, mas não sobre o cotidiano da escola. Muito pouco esforço tem sido feito em termos de construir a categoria "cotidiano escolar”, que falam do cotidiano em geral e tentar aplicá-las diretamente, de forma dedutiva, na análise da escola: O que caracteriza a vida escolar cotidiana? Que elementos são específicos da instituição escolar, isto é, só aparecem na escola?

Precisam, em vez disso, tentar ir bem fundo na análise dos elementos que compõem esse cotidiano, questionando suas origens, seu significado, suas limitações e principalmente suas vinculações aos objetivos sociopolíticos e econômicos que os determinam naquele momento histórico. Para

A autora destaca três pesquisas para embasar sua ideia de que as pesquisas sobre o cotidiano escolar vai bem mais além do que a coleta exaustiva de dados e as observações em sala de aula:

A primeira pesquisa foi realizada em 1983 e tinha o objetivo de conhecer o trabalho desenvolvido por professoras que estavam tendo sucesso na alfabetização de crianças da escola pública, apesar dos limites de suas condições de trabalho e formação.   Para a coleta de dados foi utilizado basicamente a observação das aulas, tendo como alvo as práticas de trabalho da professora.

As conclusões do estudo apontaram, em primeiro lugar, uma inter-relação dos elementos que caracterizam a prática pedagógica. Esses aspectos são: conteúdo, disciplina, afeto, aprendizagem, não é possível compreender a questão da disciplina pois aparecia intimamente associada ao modo de lidar com o conteúdo e às manifestações afetivas da professora, levando, em consequência, a um interesse e a uma vibração dos alunos por aprender.

Outro resultado foi a diversidade existente entre as professoras consideradas bem sucedidas. Por um lado, havia aquelas que mais se aproximavam ao tipo "tradicional", seguindo de perto a cartilha, obedecendo a uma sequência de atividades bastante rígida e interagindo com as crianças de forma mais autoritária. Por outro lado, havia professoras que desenvolviam atividades bem criativas e estimulavam a participação e a imaginação das crianças. Havia ainda outras que combinavam uma forma mais "convencional" de atuação com situações de estímulo à inventividade e à participação. Verificamos apenas que algumas tinham um apoio pedagógico e administrativo bastante definido e outras não tinham qualquer suporte. Verificamos também que algumas escolas possuíam uma proposta pedagógica e outras não. Entretanto, estas considerações foram insuficientes para explicar o desempenho das professora e investigação da prática docente não deve se esgotar no espaço da sala de aula, pois pode haver ligações diversas entre essa dinâmica social e as formas de organização do trabalho escolar, as quais não podem ser desconhecidas.

A segunda pesquisa focalizou o trabalho docente realizado em uma escola localizada em uma favela do Rio de Janeiro. O objetivo geral da pesquisa era verificar o tipo de prática pedagógica que interferia de forma positiva no desempenho escolar das crianças das camadas populares.

A coleta de dados se desenvolveu durante o ano letivo de 1984, envolvendo observações de seis turmas das quatro primeiras séries do 1º grau. Foram feitas também observações da entrada e saída dos alunos, do recreio, da sala dos professores, reuniões pedagógicas, de conselhos de classe, de reuniões de pais e de festas escolares. Além das observações, foram feitas entrevistas com as seis professoras, com a diretora, com a assistente de direção, com a supervisora e a merendeira da escola, com três ex-diretores, dois ex-professores e com pais pertencentes à diretoria da Associação de Moradores da favela. Houve ainda entrevistas coletivas com os alunos das turmas observadas. O campo de observação foi ampliado, em relação à pesquisa anterior, nesta pesquisa abarcando grande parte do espaço escolar

Os resultados mostraram haver uma diferença muito grande entre as séries iniciais (1ª e 2ª) e finais (3ª e 4ª) quanto à organização das crianças na sala, às formas de ensinar, à rotina de trabalho e à relação professor-aluno.  Foi justificado pela presença de um projeto pedagógico, fundamentado na perspectiva de Paulo Freire, que vinha sendo implementado nas 1ª e 2ª séries, com acompanhamento da supervisora da escola e que seria posteriormente estendido às demais séries. Esse projeto envolvia um trabalho coletivo dos professores, coordenado pela supervisora, implicando em reuniões semanais para discussão, análise e revisão das práticas de sala de aula, assim como para planejamento de atividades comuns, troca de materiais e avaliação dos resultados de aprendizagem.

Outro resultado encontrado foi a existência de uma estreita relação entre a escola e a comunidade. Havia uma abertura para a participação dos pais em atividades escolares assim como na discussão de questões pedagógicas ou discutir questões de interesse da comunidade através da Associação de Moradores da favela.

Um ponto que estava relacionado a disciplina, demonstra que todos os funcionários da escola estavam empenhados em sua limpeza, organização, o que se refletia na disciplina e entusiasmo das crianças pela aprendizagem.

Comparando a pesquisa anterior a segunda teve a realização de uma análise mais articulada das dimensões que compõem o dia-a-dia da escola, mas dificuldades de explicar teoricamente alguns pontos sobre a dinâmica de trocas e de relações que constitui a vida escolar. A autora destaca a contribuição que a pesquisa do tipo etnográfico pode trazer para um entendimento das inter-relações entre o dentro e o fora da sala de aula

A terceira pesquisa foi focada justamente na análise das relações sociais expressas no cotidiano escolar, preocupando-nos mais atentamente com os movimentos de dominação resistência que nele estão presentes. Foi escolhida uma escola da rede pública da cidade do Rio de Janeiro para a coleta dos dados durante o ano letivo de 1986, em que foram realizadas observações em turmas da 4ª série, entrevistas e contatos informais com o pessoal técnico da escola, com pais, com as professoras das turmas observadas e com seus alunos.

O estudo possibilitou afirmar a complexidade da prática educativa. Deve-se analisar, observar os vários elementos que compõem o espaço escolar de uma forma integrada. A análise da prática escolar cotidiana não pode, portanto, desconhecer essas múltiplas articulações, sob pena de se tomar limitada, incompleta. Os fatos e experiências que ocorrem dentro de uma escola é resultado das articulações das relações sociais, dos indivíduos e dos grupos presentes neste ambiente.

Algumas reflexões sobre as Práticas Pedagógicas Bem Sucedidas são ressaltadas pela autora:

Qual o critério para escolha dos bem-sucedidos? Como decidir quem são os professores, as escolas ou as práticas bem-sucedidas? A ela se poderia responder, dizendo que, ao optar por uma abordagem qualitativa, o pesquisador deve ter muito claro que deve justificar suas escolhas, fundamentar suas opções, explicitar seus pontos de vista.


Outra crítica que aparece quando se discutem as práticas bem-sucedidas é sobre um risco possível de isentar os órgãos públicos de sua responsabilidade em assegurar condições condignas de trabalho ao professor, quando se mostra que mesmo em condições as mais adversas alguns professores conseguem realizar um bom trabalho. Isso talvez pudesse reforçar uma atitude de falta de compromisso do Estado com as questões da educação. Pode-se, finalmente, criticar a metodologia usualmente empregada nessas pesquisas, que muitas vezes se limitam a descrever as práticas dos docentes, seja através da observação direta das situações de sala de aula, seja através dos seus próprios depoimentos.

Turma do 9º ano

Esta sala é bem falante e o professor tem dificuldade de iniciar a aula. Fala do trabalho em grupo e da data de entrega da primeira parte que é uma ficha de apoio para os alunos organizarem a estrutura do projeto. Sugere que eles se encontrem e discutam, e então dá um prazo de duas semanas. O tema é “Cidadania Global” – subtema “Mineração”, será desenvolvido juntamente com a disciplina de química. Inicialmente estão na fase de pesquisa. que é similar à de uma pesquisa convencional. Ao final do ano irão apresentar o conteúdo em uma feira da escola.

Estrutura do trabalho entregue para cada grupo:

Percebo que o professor é bem paciente com os alunos, que, fazem brincadeiras durante a aula o que interrompe o professor várias vezes. Em seguida usa o livro didático abordando a localização e características do continente Europeu. Duas alunas sentadas à frente se comunicam por bilhetes. Um aluno lê o trecho do livro e o professor explica sobre terras emersas e imersas, continentes, mares, divisores naturais que dividem Ásia e Europa. Neste momento faz um desenho no quadro de uma ilha, golfo/ baía e península, fala que a ilha é banhada por todos os lados, o golfo é quando o mar invade a faixa do litoral, ou seja é uma porção de agua rodeada por terra, a baía é o mesmo só que em menores proporções e a península é banhada pelo mar em seus três lados, sendo ligada ao continente por uma faixa fina de terra.

Alguns alunos participam respondendo e questionando, outros tem dificuldades de compreender os termos e a explicação do professor. Um aluno questiona os termos “países baixos, imersos e emersos”, outro lê um trecho do livro que explica a paisagem modificada da Europa, Revolução Industrial, impacto ambiental, relações entre clima, vegetação e fauna da Europa. O professor faz uma brincadeira para explicar o termo endemia e fala “O Gustavo só dá ali, se plantar em outro lugar não nasce” e os alunos se divertem. Ele complementa e explicando zonas climáticas e pede para pesquisarem mais sobre a relação entre clima e vegetação.

Hoje a turma estava conversando muito, uma aluna grita pedindo silêncio, outros também pediam silêncio. O professor pede que prestem atenção na explicação do trabalho, porém quando ele falava um pouco logo eles reclamavam disso ou daquilo do trabalho. Ele pede que cada grupo apresente para a turma o tema e parte da estrutura que já desenvolveram, e suas dificuldades para que haja uma interação entre a turma acerca do trabalho. Fala que o formato do trabalho é muito cobrado no ensino superior. Os alunos apresentam seus trabalhos com os temas:
“Diamante/Tráfico”
“Como funciona a mineração”
“Impactos ambientais causados pela mineração”
“Desastre de Mariana”
“Reservas de bauxita”
“Mineração de Ouro”

Quase um ano após o desastre de Mariana pouca coisa já foi resolvida, os culpados ainda não punidos, o Rio Doce e adjacências continua impactado, a população desamparada.

Vejam algumas decisões tomadas pela comissão da barragem de Mariana composta por deputados federais que discute os desdobramentos do desastre:
Outro vídeo informando as decisões da Comissão Extraordinária das Barragens da Assembleia de Minas Gerais:
O professor pede que sejam mais específicos, os objetivos apresentados são muito abrangentes, devem focar em apenas um assunto. Sugere aos alunos que olhem na internet EIA- RIMA (Estudo/Relatório de impacto Ambiental) para que tenham noção da extensão de conteúdo que o tema Mineração comporta. Explica o que são materiais e metodologia, parte em que os alunos mais tiveram dificuldade de desenvolver, pede para que pesquisem mais e tragam para a aula seguinte para discutirem. Lembra que a prova será na semana seguinte compreendendo as unidades 2 e 3 do livro.

Um aluno apresenta seu trabalho de forma bem caricata, fazendo piadas a todo momento, com o tema, com o sobrenome dos colegas, passando seus nomes para o inglês e todos se divertem, porém se desviam um pouco do foco. Em sua abordagem há frases/bordões presentes em Memes que são divulgados em abundancia em redes sociais como Facebook e Twitter:

“- Não sou obrigado”
“- Percebe Ivair, a petulância do trabalho?”
“- Porque eu sou Diva”
“- É aquele ditado né? Vamo fazê o quê?”

Achei que ao mesmo tempo que distraiu os alunos do foco do trabalho o aluno em questão tem um grande potencial para interpretar personagens. Penso que a atitude criativa dele é uma forma de se expressar, uma desenvoltura que deveria ser desenvolvida nas artes cênicas. Acredito que cada criança/jovem deva ter seu perfil observado nas escolas e explorar aquilo que tem de melhor.

Uma boa ideia também seria aliar trabalhos escolares às redes sociais, os jovens são muito ligados às tecnologias, então acredito que se divertiriam muito realizando pesquisas e ao contrário de entregar um relatório elaborariam/ criariam perfis nas redes sociais, blogs, e outras formas alternativas de trabalhos. Por experiência própria, pelo menos para mim a motivação e a liberdade é maior neste formato, além de ser uma experiência viva, posso excluir e acrescentar conteúdo a todo momento.

Agora (momento diversão :D), para quem não entendeu nada ou não achou graça, eu explico abaixo como surgiram os Memes:

“- Não sou obrigado”


“- Percebe Ivair, a petulância do trabalho?”


“- Porque eu sou Diva”

“- É aquele ditado né? Vamo fazê o quê?”

Deixo com vocês este site que sigo e gosto muito, dou boas gargalhadas com os textos:


Turma do 8º ano

A turma tem 45 alunos em sala, os alunos sentam em dupla. O professor começou a aula passando exercícios de revisão para a prova referentes as unidades 2 e 3 do livro: “O mundo Global e Regionalização do Espaço Mundial”.

Um dos alunos pergunta o porquê dos países europeus serem mais ricos que os países da américa latina, como o Brasil por exemplo. O professor explica rapidamente o processo de acumulação de capital durante a Revolução Industrial, fala de aspectos como colonização, exploração, desigualdade social, regras comerciais e de exportação. O aluno ainda questiona e diz que mesmo tendo sido colônia os EUA já não são pobres, então o professor explica que os EUA tem uma política externa por vezes agressiva e sempre defendem seus interesses, mas que de qualquer forma este país se industrializou antes do Brasil e outros países da América Latina.
A aula é interrompida pelo coordenador para chamar a atenção de algumas alunas que subiram na pia para tirar fotos e ela acabou caindo. Fala que devem ter mais cuidado com suas atitudes e também para se cuidarem e não provocarem acidentes. Em seguida continuam a fazer o exercício de revisão.

Me lembro da moda dos selfies e de pessoas que inclusive se acidentaram ou até mesmo foram a óbito simplesmente por se distraíres enquanto tiravam fotos de si mesmas... É uma necessidade incrível que a grande maioria das pessoas tem em se sentir notada, de se sentir única, ou diferente do comum por ter presenciado algum fenômeno ou ter estado em algum lugar fantástico, acredito que esta vontade é potencializada na adolescência, já que é a fase da descoberta de si mesmo e do outro.

Recentemente foi noticiado que banhistas mataram golfinho por expô-lo à multidão que desejava ardorosamente uma foto. Em outro caso retiraram uma tartaruga do mar para fotografá-la. É o cúmulo da ignorância em prol do reconhecimento por algo, mesmo que seja algo completamente idiota.

Em um interessante artigo publicado no El País Morte de animais em tempos de ‘selfie - Busca por sucesso nas redes sociais causam impactos às vezes graves às vidas selvagens” - Javier Rico (24 Junho de 2016 ), o autor aborda a relação entre selfies, animais selvagens e a questão do turismo:


Bom, se o assunto é trágico devido à imprudência de alguns, de fato a busca por fotos únicas rende imagens bizarras e engraçadas, a internet é abundante em fotos reais e até mesmo montagens para ilustrar o tema, vejam:






“Selfies matam mais do que ataques de tubarão (Posted on 22 de setembro de 2015  ligiapacheco)
Não, você não leu errado. As famosas #selfies viraram causa de morte em todo o mundo.
Acidentes fatais em busca do clique perfeito mataram mais gente em 2015 do que ataques de tubarões, segundo pesquisa feita pelo site Mashable:



Os alunos dão segmento ao exercício passado aula passada. A turma está um pouco menos concentrada, algumas alunas começam a brincar com um varal com alguns trabalhos dependurados com grampos de roupa localizado ao fundo da sala.

Hoje os alunos realizaram a prova das Olimpíadas Brasileiras de Astronomia – OBA, todos terminam a tempo, apenas uma aluna posterga para além do tempo estipulado.

Abaixo seguem as imagens da prova:






Abaixo segue um relato muito interessante do projeto:

“A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, desenvolvida pela Sociedade Astronômica Brasileira nasceu em 1998 com o intuito de popularizar a astronomia junto aos alunos, porém estes objetivos foram rapidamente e em muito extrapolados. Visamos sim a popularização, mas junto com a capacitação dos professores do ensino fundamental e médio, pois são estes quem ensinam Astronomia e Astronáutica em suas Escolas, durante toda sua vida profissional ativa. Logo, é fundamental colaborarmos com estes professores, pois certamente não foram formados em Astronomia ou Astronáutica quando estudantes dos cursos de licenciatura.

Neste sentido enviamos todos os anos às escolas já participantes e àquelas que se cadastram pela primeira vez para participarem um conjunto de atividades práticas que recomendamos que sejam desenvolvidas com seus alunos. Por exemplo, em 2014 enviamos como sugestões para serem executadas as seguintes atividades: 1) Comparação entre os volumes da Terra e da Lua e visualização da separação entre ambas na mesma escala. 2) Determinar a direção Norte-Sul corretamente. 3) Construir o Relógio Solar. 4) Determinar o meio dia solar verdadeiro. 5) Localizar Órion, as 3 Marias, Júpiter, Sirius, etc.

As provas têm diferentes durações e estão divididas em quatro níveis, conforme a divisão que fizemos dos alunos, a saber:

Nível 1: Destinada aos alunos do 1º ao 3º ano no regime de 9 anos. Duração: 2 horas;
Nível 2: Destinada aos alunos do 4º ao 5º ano no regime de 9 anos. Duração: 2 horas;
Nível 3: Destinada aos alunos do 6º ao 9º ano no regime de 9 anos. Duração: 2 horas;
Nível 4: Destinada aos alunos de qualquer série ou ano do ensino médio. Duração: 4 horas.

Obviamente é desejo de alunos e de muitos professores que tivéssemos uma prova específica para cada ano escolar. Isto é inviável em termos de questões a serem elaboradas com acréscimos sucessivos de níveis de dificuldades. Além do que, demandaria muito mais mão de obra para elaborar perguntas e respostas.

Temos observado que os professores das escolas cadastradas para participarem da OBA ministram mais aulas de astronomia antes da prova, justamente para deixar seus alunos mais bem preparados para a OBA. Como as provas da OBA são realizadas em maio, significa que os conteúdos de Astronomia e Astronáutica são ensinados logo a partir do início do ano, o que sempre é ligeiramente mais vantajoso do que no final do ano.
Certamente com todas estas atividades estamos incentivando o estudo da Astronomia e Astronáutica, além de direcionar professores e alunos na execução de algumas atividades práticas, as quais variamos a cada ano.

Distribuição de medalhas
A distribuição de medalhas é algo extremamente importante e não economizamos neste item, pois distribuímos 42.556 medalhas entre todos participantes da XVII OBA. Quem recebe uma medalha jamais se esquece dela e não a descarta, além disso, quem a recebe fica extremamente motivado, autoconfiante e certamente vai tentar repetir a façanha no ano seguinte e talvez até mesmo tentar conquistar medalhas em outras olimpíadas, mas para este sucesso só o que o aluno precisa fazer é estudar e estudar cada vez mais e é justamente isto o que mais professores e coordenadores deste Olimpíada desejam que os alunos façam.

Desde 2012 estamos informando a todos os Prefeitos e a todos os Secretários Municipais de Educação os nomes dos alunos e das Escolas que ganharam medalhas no seu Município e pedimos que organizem uma cerimônia pública na qual estas autoridades possam cumprimentar os alunos e professores das escolas. Ficamos sabendo através das páginas eletrônicas das prefeituras, jornais, etc, que, felizmente muitos Prefeitos participam destas cerimônias.

Acreditamos que a valorização da obtenção das medalhas possa servir para mostrar a todos os alunos que a dedicação aos estudos leva ao sucesso e ao reconhecimento deste sucesso por todos. Infelizmente parece haver uma inversão de valores em nossas escolas, onde os melhores alunos são taxados de “nerds” como se isso fosse algo ruim, que deve ser evitado por todos. Por outro lado, quanto menos “nerd”, ou seja, menos vitorioso nos estudos, mais popular é o aluno, o que, obviamente, é um comportamento absurdo. Esperamos que este reconhecimento público do sucesso dos medalhistas sirva para contribuirmos com a valorização da dedicação aos estudos.
As medalhas são distribuídas segundo a classificação nacional de cada um dos quatro níveis. Os intervalos das notas para os quais distribuímos medalhas em 2014 está na Tabela 1. A forma das medalhas de 2014 está na Figura 23.

Tabela 1. Distribuição dos intervalos de notas para obtenção de medalhas na XVII OBA


Eventos decorrentes da OBA
Iniciamos a OBA em 1998 e no mesmo ano iniciamos nossas participações na Olimpíada Internacional de Astronomia (IAO – Sigla em inglês). Dela participamos até 2007 quando participamos da fundação da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA – Siga em inglês). Para melhor treinar nossos alunos para participarem da IAO iniciamos em 2001 os minicursos de astronomia, que chamávamos de Escola de Astronomia. Atualmente é um longo curso à distância que finaliza na seleção das equipes internacionais. Em 2005 iniciamos a parceria com a Agência Espacial Brasileira e como tal demos início à organização das Jornadas Espaciais. Em 2007 iniciamos nossa participação na IOAA. As atividades de lançamento de foguetes que os alunos faziam como sugestões de atividades práticas se transformaram, em 2007, oficialmente na Olimpíada Brasileira de Foguetes, OBFOG, a qual mudou de nome em 2012 e passou a se chamar Mostra Brasileira de Foguetes, MOBFOG. A parte presencial da OBFOG/MOBFOG foi iniciada em 2009, e a chamamos de Jornada de Foguetes. A MOBFOG se transformou num projeto próprio, com recursos próprios desde 2009. A Tabela 2 mostra os diversos desdobramentos da OBA ao longo do tempo.

Esta iniciativa se mostrou tão profícua que demos continuidade aos mesmos e em novembro de 2014 organizamos o 55º EREA. Em 2012 iniciamos os Acampamentos Espaciais (Space Camp), encabeçado por Oswaldo Loureda, um ex-aluno medalhista da OBA em 2011, proprietário da empresa Acrux Aerospace Technologies.

Em 2013, em parceria com o Laboratório Nacional de Astrofísica, LNA, iniciamos o concurso “Imagem do seu objeto preferido” entre alunos participantes da OBA do ensino médio e do nono ano do ensino fundamental. O aluno premiado e seu professor foram levados para conhecer o telescópio SOAR que o Brasil tem no Chile. O segundo concurso do LNA foi realizado em 2014 e os alunos premiados também receberam a imagem escolhida e visitaram o telescópio brasileiro SOAR no Chile, no início de 2015.

A OBA é um evento muito maior do que a simples realização de uma olimpíada de conhecimento, embora isso já seja extremamente trabalhoso e meritório, pois a usamos como um veículo pedagógico com alcance em todo o território nacional. Na verdade o alcance da OBA vai muito além do que pudemos explicitar acima, mas não podemos saber exatamente qual a influência que todos estes eventos têm em estimular mais astrônomos profissionais e amadores, planetários, observatórios, clubes e associações de astronomia a organizarem mais eventos locais de divulgação e ou ensino formal de Astronomia. Não sabemos dizer, também, quantos novos planetários fixos e móveis foram instalados ou comprados graças ao movimento crescente que temos feito com a OBA e todos os seus eventos decorrentes. Não sabemos dizer quantas escolas compraram telescópios para melhor preparar seus alunos para participarem da OBA. Podemos estar realizando um evento que tem efeitos secundários que podem até mesmo ser mais importantes do que os eventos decorrentes da OBA. Talvez o efeito mais importante e menos mensurável, seja a motivação que proporcionamos a muitos alunos e até a muitos professores para que mais estudem astronomia e este é, no fundo, nosso maior objetivo.”

A proposta do projeto de expandir o acesso e a fundação de eventos e novos centros de estudos em astronomia e astronáutica deu frutos na capital de Minas Gerais. A UFMG já havia instalado em 1972 um observatório no município de Caeté, na Serra da Piedade – Observatório Astronômico Frei Rosário.  Em 1990 deu-se o início de discussões acerca da construção de um planetário em Belo Horizonte. Em 2009 foi construído o tão almejado em Belo Horizonte temos o Planetário no Espaço do Conhecimento da UFMG localizado na Praça da Liberdade. Ambos os espaços recebem grupos de alunos regularmente e são espaços maravilhosos de aprendizagem e divulgação de ciência.

Site do Espaço do Conhecimento da UFMG em Belo Horizonte: 

Site do Observatório da UFMG em Caeté: http://www.observatorio.ufmg.br/pas62.htm 

Para saber mais sobre a OBA: http://www.oba.org.br/site/
Fotos Históricas: Observatório Astronômico Frei Rosário (1972, Serra da Piedade) e do 
Planetário de Belo Horizonte (2009, Praça da Liberdade).

Turma do 7º ano

Ao entrar na sala vi no mural um trabalho de cartografia afixado. Esta turma é um pouco mais agitada, o professor começa a abordar o tema “Patrimônio ambiental”, os alunos participam, perguntam e novamente querem ler trechos do livro. O professor fala sobre o meio ambiente e brinca com os alunos que meio ambiente não é um “ambiente partido”, mas sim um local de interação entre vários elementos e seres. Fala atualidades como sobre desenvolvimento sustentável, homem e meio ambiente, questões sociais e sustentabilidade, países ricos e pobres, crédito de carbono, China, CO2, Aquecimento Global, estação eólica, impactos ambientais, desmatamento, recursos naturais, matriz energética e floresta amazônica.

A aula é expositiva dialogada, utiliza o livro didático, pouco quadro e interagindo com os alunos, a maioria interessados e participativos. O professor compara o ato de um submarino emergir e fala sobre países emergentes para que os alunos associem e guardem o termo. Ainda aborda o boato de internacionalização da Amazônia, biopirataria etc.

Um grupo ao fundo se comunica por meio de bilhetes, um aluno pergunta se há benefícios na emissão de CO2 por industrias, o professor fala então da captura de carbono. Outra aluna pergunta o porquê de algumas industrias ainda não confinarem o CO2 como fazem com o material radioativo que é isolado, o professor responde que ainda não é uma prática usual. 

Basicamente os assuntos explorados estão presentes neste vídeos produzido pelo INPE, acredito que este seja o conteúdo padrão ensinado nas escolas nos ensinos fundamental e médio;

O futuro que queremos - INPE, 2012
Depois das discussões a aluna lê um trecho do livro que fala sobre o código florestal, o professor explica que entre a lei e a execução existem muitos problemas e peculiaridades. Outra aluna lê na frente da turma um texto que ela fez sobre hidrelétricas, todos os outros alunos também querem ler os textos que elaboraram. Em seguida o professor fala que a turma irá fazer um trabalho em grupo, mas será na próxima aula.

Na UFMG aprendi com meus professores que o aquecimento global seria uma falácia, que era improvável que o homem conseguisse interferir a nível global no clima, porém, quando chegamos às salas de aula do ensino fundamental e médio, cursinhos e Pré técnicos o aquecimento global é ensinado com muita seriedade para os alunos, já que é consenso que o fenômeno existe. De certa forma me posiciono contrariamente a existência do aquecimento global e quando tenho que ensinar este assunto aos alunos, deixo claro que também existe o outro lado da história e indico os vídeos que postei aqui. As vezes precisamos cumprir os cronogramas e conteúdo para além das nossas convicções, é interessante pois, pode surgir desta dúvida um incômodo, curiosidade de saber a verdade, o que pode colaborar para a formação do senso crítico do aluno.

Deixo abaixo duas indicações sobre filmes que contribuíram em minha formação em climatologia abordando versões diferentes sobre o aquecimento global:

Uma verdade inconveniente
Sinopse: Documentário lançado em 3 de novembro de 2006 nos Estados, com direção de Davis Guggenheim apresenta o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore apresenta uma análise da questão do aquecimento global, mostrando os mitos e equívocos existentes em torno do tema e também possíveis saídas para que o planeta não passe por uma catástrofe climática nas próximas décadas. Elenco: Al Gore, George Bush, George W. Bush.

Link para assistir (em espanhol): https://vimeo.com/95465911

A grande farsa do Aquecimento Global:
Sinopse: Exibido em 8/3/2007 pelo Channel 4 britânico, "A Grande Farsa do Aquecimento Global" (de Martin Durkin) vai na contramão de "Uma Verdade Inconveniente" (de Al Gore), reunindo os depoimentos de cientistas reconhecidos para denunciar que a teoria do aquecimento global causado pelo homem não tem base científica e que a elevação da temperatura decorre de um ciclo natural. Depoimentos de Carl Wunsch, Eigil Friis-Christensen, Frederick Singer, Ian Clark, James Shikwati, John Christy, Lord Lawson de Blaby, Nigel Calder, Nir Shaviv, Patrick Michaels, Patrick Moore, Paul Reiter, Philip Stott, Piers Corbvn, Richard Lindzen, Roy Spencer, Syun-Ichi Akasofu e Tim Ball.

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Cheguei na escola na troca de professores na sala de aula. A turma estava conversando alto e brincando, então o coordenador entra na sala e diz que a troca de turma não é recreio, que eles devem prosseguir sem muita confusão.

Em seguida o professor passa doze exercícios no quadro, são de revisão de prova, pede aos alunos que abram o livro, os alunos conversam e o professor pede silêncio. O livro fala sobre regiões e regionalização, ele pede ao aluno para ler um trecho, outros alunos levantam a mão para lerem também. Uma aluna questiona a regionalização dada pelo livro e diz que está errada, então o professor explica que existem dois principais tipos de regionalizações: As Regiões Brasileiras proposta pelo IBGE e as Regiões Geoeconômicas outra proposta pelo autor Pedro Geiger, explica que a primeira leva em consideração mais os aspectos naturais, mas a segunda também considera os aspectos socioeconômicos. O professor para a aula novamente para pedir silêncio e ressalta que a prova está chegando. Depois outra aluna levanta a seguinte questão: deveriam existir no Brasil as regiões Norte, Sul, Leste e Oeste! O professor explica que os pontos cardeais são diferentes das regiões de um território. Outro aluno pergunta se ainda é possível criar outras regiões no Brasil, um segundo aluno fala que o Acre e o nordeste deveriam fazer parte da mesma região pois são pobres. O professor explica que não são considerados somente aspectos naturais, mas também históricos, culturais, dentre outros.

Hoje o professor chegou a sala e falou sobre a prova que será na segunda ferira, ressalta que por causa dos feriados a prova desta turma irá cair somente uma unidade, pede que conversem menos, que se concentrem nos exercícios, na próxima aula irão fazer “trabalho relâmpago”.

Cheguei na sala de aula e os alunos estavam fazendo prova de inglês. O professor me explica que todo o fundamental II estava fazendo provas de todas as disciplinas durante a semana, a de Geografia já havia sido feita na segunda feira. Assim que vão terminando a prova devem ficar em silêncio, sentados em suas carteiras, mas podem usar o celular. É perceptível que os alunos desejam conversar, começam a cochichar, rir baixinho, mas as regras não permitem, além disso outros alunos ainda estão concluindo a prova. O professor pede silêncio. Depois recolhe a prova.
Então no tempo que ainda resta explica que na próxima aula haverá trabalho relâmpago, será em grupo de cinco pessoas, antes apenas liam na frente da turma o que elaboravam, mas agora vão fazer apresentação do trabalho.