O semestre acabou e junto com ele minha experiência no Centro Pedagógico da UFMG. A experiência foi maravilhosa, principalmente com relação aos alunos da EJA, sempre tão carinhosos e afáveis. Aqui vai uma sequencia didática que desenvolvi juntamente com a equipe de Geografia e que foi realizada com os alunos: "Ser cidadão no espaço geográfico da RMBH".
Descrição da atividade:
A atividade tem o objetivo de fazer com que os alunos tenham uma percepção e visualização cartográfica do espaço geográfico no qual estão inseridos, interagem e constroem cotidianamente.
Eles irão mapear de forma colaborativa suas atividades realizadas neste espaço. A representação se dará em um mapa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, menos detalhado, e em outro mapa de Belo Horizonte, com maior riqueza de detalhes.
PRIMEIRA PARTE
“O meu espaço geográfico na RMBH – Cartografando lugares, redes, deslocamentos e territorialidades”.
Instruções:
· Dividir a turma em 4 grupos de 4 ou 5 alunos
· Cada grupo terá uma cor referência, dentre elas azul, vermelho, amarelo, verde e laranja
· Cada aluno terá um número (1 a 20) que será sua identificação pessoal para o mapeamento realizado
· Os alunos irão receber uma cartela com os adesivos que irão colar no mapa, cada aluno deverá inserir seu número pessoal nos adesivos a serem colados nos mapas.
· Assim que o aluno inserir no mapa um adesivo/símbolo, ele irá completar a legenda preenchendo as informações sobre a representação do fenômeno geográfico em formato linha, ponto ou área.
· A atividade irá durar, ao todo, 9 aulas: 1 aula para identificar e preencher a legenda, outra para localizar os fenômenos geográficos em pontos, linhas e áreas no mapa, e finalmente uma aula destinada à leitura e reflexão das temáticas
1 - LUGARES
Ø Lazer/Cultura/Esportes (Cinema, teatros, museus, escolas, parques, praças, sua casa ou casa de vizinhos, a sua rua/bairro, academia, clubes, bares/restaurantes, casas de show, outros)
Ø Escolar (Escola que frequenta, escola dos filhos e parentes)
Ø Trabalho (casa, escritório/sede física, trajeto nas ruas, etc.)
Ø Religioso (Igrejas, casas religiosas, sede de grupos religiosos)
Ø Moradia
Ø Participação social/comunitária (associação de bairros, câmara dos vereadores ou deputados, encontro com políticos, grupos sociais ou políticos)
2 – REDES DE DESLOCAMENTO
Ø Moradia – Trabalho – Escola
Ø Moradia – Trabalho
Ø Moradia – Escola
Ø Moradia – Religião
Ø Moradia – Lazer/Cultura/Esportes
Ø Moradia – Participação social/comunitária
3 - TERRITORIALIDADES
Ø Comércio/ Prestação de serviços
Ø Indústria
Ø Escolas
Ø Saúde/hospitalar
Ø Religiosa
Ø Lazer/cultura/esportes
Ø Proteção ambiental
Ø Bares/ restaurantes
Ø Tráfico
Ø Prostituição
Abaixo segue algumas *fotos dos materiais e do desenvolvimento da atividade em sala de aula:
* As fotos postadas foram autorizadas pelos alunos.
2ª PARTE
“Ser
cidadão e sujeito transformador do/no espaço geográfico da RMBH”.
Exibir o vídeo
sobre o bairro de Heliópolis – SP que trata de participação social, cidadania,
bairro educador e conquistas sociais. Na última aula os alunos farão um texto
dissertativo em que irão refletir sobre o trabalho final e sobre a temática
cidadania.
Título: Qual meu papel como cidadão e sujeito
criador e transformador do espaço geográfico da RMBH?
Vídeo "Heliópolis - Bairro Educador"
clique no link abaixo e assista:
O balanço que faço deste período é bastante positivo, ainda
que tenham pontos negativos, como a docência em dupla ou compartilhada, já que
ela mais dificultou que facilitou o desenvolvimento de atividades em sala de
aula, planejamento de aulas e divisão de tarefas, o fato é que houve um
desequilíbrio destas atividades, uma certa má divisão das tarefas talvez
causadas pela pouca experiência de nós mesmas e também pelo pouco apoio dado
pela coordenação. Senti que acertei muito, errei algumas vezes mas fui cobrada
como uma professora formada e não em formação.
E por falar em
formação... outro ponto negativo do projeto foi a formação de professores. As
reuniões que eram para ocorrer durante as sextas-feiras à noite (o que já é bem
cansativo) por vezes ocorria com temas não pertinentes, mas a maioria das vezes
eram canceladas. Éramos sempre atropelados durante as semanas por várias
demandas administrativas, planejamento e elaboração de cronogramas e aulas,
correção de atividades, problemas relacionados à rendimento e comportamento dos
alunos etc.. E a formação, ao meu ponto de vista deixou muito a desejar.
Fizemos alguns estudos sobre obras do Paulo Freire, mas não posso dizer que
tenha contribuído de forma sólida para minha formação como professora, o que
valeu mesmo a pena foi o dia a dia, a própria vivência em uma escola, o contato
com alunos e com colegas monitores, as reuniões semanais (que por mais que
fossem maçantes e repetitivas me trouxeram aprendizado) o errar e acertar
continuamente, testar e mudar de fórmula, de metodologia e didática, o adaptar,
criar e abandonar ideias. Isso sim valeu a pena. Mas a vida segue e com ela as
próximas experiências de estágio, e algum dia como professora “de verdade”.
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